sábado, 25 de junho de 2011

Perguntas sem resposta

Festa de família. Uma tia pede-me que repare em minha avó, uma senhora de quase 80 anos. Ela estava pensativa, acompanhando com o olhar cada pessoa que passava diante dela.

- Ninguém sabe o que passa na cabeça dela numa hora dessas - disse minha tia.
- É... - disse eu, sem saber bem o que responder.

E fiquei a pensar na efemeridade da vida. Minha avó teve a felicidade de chegar a essa idade com lucidez e cercada por uma família que a ama. Sua boa memória traz lembranças da mocidade: vestidos, músicas, pessoas... E tudo passou como um sonho.

Por um instante, parei para me questionar sobre o que estou fazendo com minha vida. Será que chegarei aos 80? E, se chegar, que lembranças trarei em meu coração? Para as duas últimas questões, não há resposta... Ainda!

A primeira, porém, necessita de uma resposta urgente. Viver é uma experiência única e irrepetível; devemos ser sábios para não desperdiçar essa oportunidade maravilhosa. E como obter a sabedoria?

Dirijo-me a Jesus, pedindo que me guie sempre. Que me ajude a tomar a as decisões certas... Para que minha felicidade comece aqui e seja plena... No Céu!

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Depois das reflexões, torno a olhar para minha avó. Seu rosto marcado pelos anos continua com aquela expressão reflexiva. Dirijo-me a ela e a abraço. Digo que a amo. E não consigo conter as lágrimas. Aliás, elas teimam em querer sair agora, enquanto escrevo.

Não sei quanto tempo terei aqui. Mas toda manhã peço a Deus que Ele faça cada dia valer a pena!

Um comentário:

  1. Tenho um bisavô (chamo de biso), com 93 anos, e entendo perfeitamente como você se sente... Ele senta, ri, conversa, até toca violão! E quando ele fica em silêncio, olhando pro nada ou pras crianças da família, me faço as mesmas perguntas que você...

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