Batalhas épicas, personagens fantásticos, missões grandiosas... Às vezes me imagino vivendo em um lugar como Nárnia ou como a Terra Média (o Senhor dos Aneis). Acompanho os personagens em suas aventuras, tento compreender-lhes as decisões; penso o que faria em seu lugar... Seria tão bom viver em uma terra mágica!
Encanto-me com os exemplos de coragem e persistência dos mais diversos personagens, desde o pequeno Frodo de Tolkien à jovem Lúcia de Lewis. E me pergunto como seria se eu estivesse em seus lugares.
Acabada a leitura, findo o filme... Retorno ao mundo real. Sinto falta das batalhas que não vivi e dos caminhos que não desbravei.
Todavia, essas histórias me ajudam a ter um novo olhar para a vida "real". Sim, vejo-me como uma terra a ser conquistada, palmo a palmo, para o Grande Rei. Encontro dentro de mim, inimigos crueis, que precisam ser vencidos. Não são nossos medos e defeitos adversários mais terríveis que os Orcs que habitavam a Terra Média?
Há ainda um agravante: esses inimigos não sucumbem com apenas alguns golpes de espada. A luta que se trava com eles é contínua... Um dia, vários golpes são desferidos por mim. Em outro, posso ser atingida gravemente. O combate é longo e difícil, mas o que importa é a constância. É, mesmo ferida, continuar. Quando se entra para a luta, não se deve temer a dor nem o cansaço. Eles virão inexoravelmente.
Seria uma luta vã e impossível de ser vencida, se não houvesse o apoio do Rei. Ele assiste aos nossos combates e, como Aslam, vem em meu socorro, trazendo-me luz e coragem. E assim fortalecida, prossigo. Ora vencendo, ora perdendo... Não quero parar de lutar! Sei que haverá o dia da
vitória definitiva, quando as armas não serão necessárias e eu descansarei feliz nos braços de Jesus.