quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Impossibilidade

Sabe quando a ideia e a vontade de escrever estão presentes, mas - ainda assim - o texto não sai? Pois bem, experimento essa sensação agora! Em homenagem a esse momento, uma poesia de Carlos Drummond de Andrade:

"Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira."

Que estejamos sempre atentos à poesia que inunda nossa vida traz cor aos nossos dias!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Passeando um pouco...

Batalhas épicas, personagens fantásticos, missões grandiosas... Às vezes me imagino vivendo em um lugar como Nárnia ou como a Terra Média (o Senhor dos Aneis). Acompanho os personagens em suas aventuras, tento compreender-lhes as decisões; penso o que faria em seu lugar... Seria tão bom viver em uma terra mágica!

Encanto-me com os exemplos de coragem e persistência dos mais diversos personagens, desde o pequeno Frodo de Tolkien à jovem Lúcia de Lewis. E me pergunto como seria se eu estivesse em seus lugares.
Acabada a leitura, findo o filme... Retorno ao mundo real. Sinto falta das batalhas que não vivi e dos caminhos que não desbravei.

Todavia, essas histórias me ajudam a ter um novo olhar para a vida "real". Sim, vejo-me como uma terra a ser conquistada, palmo a palmo, para o Grande Rei. Encontro dentro de mim, inimigos crueis, que precisam ser vencidos. Não são nossos medos e defeitos adversários mais terríveis que os Orcs que habitavam a Terra Média?

Há ainda um agravante: esses inimigos não sucumbem com apenas alguns golpes de espada. A luta que se trava com eles é contínua... Um dia, vários golpes são desferidos por mim. Em outro, posso ser atingida gravemente. O combate é longo e difícil, mas o que importa é a constância. É, mesmo ferida, continuar. Quando se entra para a luta, não se deve temer a dor nem o cansaço. Eles virão inexoravelmente.

Seria uma luta vã e impossível de ser vencida, se não houvesse o apoio do Rei. Ele assiste aos nossos combates e, como Aslam, vem em meu socorro, trazendo-me luz e coragem. E assim fortalecida, prossigo. Ora vencendo, ora perdendo... Não quero parar de lutar! Sei que haverá o dia da vitória definitiva, quando as armas não serão necessárias e eu descansarei feliz nos braços de Jesus.